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sexta-feira, julho 30, 2010

Porque hoje eu tive um sonho...











Porque hoje eu tive um sonho lindo..

                                                    Sonhei contigo aqui..

            Solto


                                             Espaçado             entre            meus             desejos                          
        
                    
                        PertoDeMim


Porque no meu sonho, eu te tocava....

                         E isso fazia do sonho, realidade...

                              Acordei sentindo seu perfume
  


                                                                        P
                                                                            E
                                                                                L
                                                                                   O
        
                                                                                           A
                                                                                               R



Porque durante alguns momentos, deixou de ser sonho


            Justamente quando acordei com meus braços estendidos


                                                                                                                                         Te
 procurando
pelo
quarto


Porque no meu sonho, eu te beijava...


E meu rosto enrubescia
Me fazendo sorrir
Envergonhada



Porque ainda nesse sonho, eu te esperava...

                                                              ... E já não era só sonho.

sábado, julho 24, 2010

Como ficar sem palavras?!

Assim tu chegaste,
Sem pretensão, por um destes textos quaisquer..
Talvez nem um texto, nem poesia, num microconto talvez..
Chegou deixando tua marca, teu nome, chegou me deixando a pensar..

O tempo passa... A vida flui, mas ali tu estavas, sempre a retornar..
Sempre a me fazer voltar nos pensamentos, relembrar tuas palavras.
Até que chegara o dia em que as frases esporádicas se foram...
Tuas palavras constantes vieram, chegaram...
Me refizeram, me transformaram...

Eu descobri em ti cada partícula do que eu tentei ser em uma vida
Eu descobri nos teus olhos toda uma espera, toda uma esperança
E projetei meus dias, meus sonhos... Projetei na tua vida
Projetei em cada minuto de ansiedade, um sentimento especial

Fiz do utópico o meu mais óbvio..
Transformei toda minha realidade na tua utopia, nosso sonho...
Me peguei andando em círculos,
Procurando teu menino nas nuvens, o menino criador
Me pus a acreditar que o impossível e o sonho não caberiam na mesma frase
Acreditei intensamente que meu destino estava ali,
Mas o ali era longe.. Baita longe!

Quando o sonho se torna palpável, ele cria antíteses...
O bem e o mal...
O certo e incerto...
Angústia e Felicidade...
Os clichês mais originais que minha vida poderia viver
Tu, longe de mim...

Aí eu fiquei, pelas ruas de Porto Alegre, ruas sem fim...
Aí deixei minha histórias, por paredes geladas
Por sorrisos sem face, pela chuva que escorreu de mim para o chão...
Que se foi, que levou parte da minha respiração...

Nos muros de Porto Alegre escrevi minha mais bela poesia
E também o meu romance mais inacabado, ficara no rascunho...
Rascunho dos meus desejos, que ainda te tem vivo
Rascunho dos meus sonhos, que se negam a te deixar ir

Minhas noites mais frias foram as de calor...
Por não te ter comigo, por não poder te fazer chegar
Te criando mais uma vez nas minhas paredes vazias

E agora o vazio retornou...
O sonho dissipou... Não existe sonho sem seu protagonista
Não existe mais a poesia sem o lirismo que a constrói...
Tu se foi, tu vai... E eu fico, eu fiquei.
Fiquei presa às memórias...
Estou presa à cenas que não vi.
Palavras que duraram 2 minutos
E que me levaram toda uma história.

Assim tu se vai,
Sem pretensão, levando embora contigo todos estes textos
Deixando em mim tua marca, teu nome, me deixando a pensar..
Não, não é um bom final.
E sim, o sonho vira pesadelo.

Tu me diz adeus,
Eu não sei o que te dizer..
Tu diz que me ama,
Eu te peço para guardar tuas palavras.
Tu se vai,
Eu vou...
Caminhos diferentes.
Fim.










quarta-feira, julho 21, 2010

Dueto #3

~ Sur Real

U • Em qual capítulo estou do meu livro?
N • Em qual página foi que eu te perdi entre os meus personagens?
U • Ou será que está uns cinco, seis, sete capítulos à frente?
N • Pode ser neste parágrafo, pode ser no epílogo… Onde você se escondeu?
U • Não sabes a falta que faz mesmo eu sabendo que ainda não te encontrei
N • Mesmo te tendo entre cenas que eu mesmo desconheço…
U • Futuros Dejavus, presentes desejos passados entre as veias
N • Predominando o desejo de te ter entre as minhas veias, saciando meu anseio
U • Percorrendo meu corpo como um veloz carro de Fórmula 1
N • Desviando em minhas curvas, como um motorista desgovernado
U • Só tenha cuidado pra não explodir em meu coração
N • E, não tenha como desviar, que venha intenso, venha no timbre que minha canção te entoa..
U • Segue afinado no meu Lá Dó, chega em Mi que já já vem Sol e chegaremos Sí e juntos.
N • Bailando entre cada um dos versos que só tuas notas conseguem compor…
U • Fazendo o fundo musical de um cenário que só eu vejo
N • Que apesar de invisível, torna-se totalmente concreto se vc faz morada
U • Então quando me encontrará entre os classificados?
N • Entre aquelas letras ora miúdas, ora gigantes, como tua presença real
U • Dizem que sou louco por venerar-te assim, sem nem saber a cor de teus olhos, seu tipo de cabelo, seu dia preferido da semana
N • Sem sequer um dia ter sentido teu abraço me tomar, sem sentir teu beijo me percorrer… Sem jamais ter falado contigo fora dos sonhos
U • Será que o encanto acaba quando vier?
N • Será que tu continua, se o encanto aumentar?
U • Me verá dentro do seu amanhã?
N • Fará do meu boa-noite o seu café-da-manhã?
U • Serei eu espelhado na sua xícara de café?
N • Farei da fumaça que foge do café os risos que espalharemos pelo cômodo?
U • Ela podia desenhar a data de quando você chegará
N • Ele mal conseguia esperar pelo dia em que seus versos seriam sussurrados em teu ouvido
U • Como despertador, como canção de ninar
N • Como o verbo que traduz o amor e me faz te chamar…
U • Vambora!
N • Vamos sair desse lugar, vamos ver o sol se pôr aquém… Vamos deixá-lo nascer além…
U • E os braços do tempo vão parar no instante em que encontrarmos nosso lugar
N • Tuas pernas entrelaçadas às minhas, sem nem sabermos em qual esquina parar
U • Minha câmera cerebral filmando todos os passos dos nossos lábios
N • Desmemoriando tudo que vivi até agora, para registrar cada centímetro de tua boca
U • Meu último primeiro beijo, minha última primeira noite de amor, meu último mundo, último tudo!!!
N • Meu último dia de espera, que será o primeiro da minha vida… Em ti.



~*

E nesse dueto, quem fez as honras foi o Uole - autor do blog A Casa na Árvore #VISITEM! 
A mim restam agradecimentos pela parceria e parabéns pela maestria no uso das palavras!

[Fica o convite para quem mais quiser/tiver interesse/curiosidade/etc de dividir comigo letras numa prosa ou poesia! #beijobeijo]

segunda-feira, julho 19, 2010

Pesadelo


E os dias se repetiam,
Os versos rasgados em pétalas já não impressionavam...
Já faziam reticência de uma história sem parágrafo.

Ela olhava todos os dias o mesmo copo de whisky em cima da cômoda..
Seu prazer já estava em acender o cigarro, nem lembrava como o tragava
E o porta-retrato continuava com a face virada para baixo, escondendo os sorrisos

Não havia nada que aquelas paredes frias pudessem fazer
Não existia música na vitrola que fosse capaz de reproduzir sua dor
E pelo chão jazia toda a esperança que um dia ousara ter

As páginas de caderno que voavam pelos cômodos eram reflexo
Reflexos de seus anseios, que guardava até mesmo de si..
Contornados do medo de que isso trouxesse de volta os fantasmas

Os ecos que entoavam as madrugadas já eram sinfonia
Seus desejos se limitavam a manter aquela armadilha que armara
Onde se escondia até da própria imagem refletida no espelho

E o pesadelo que criara para si era o mais trágico
Sem caminho de retorno, sem porta de saída
A melhor forma de fugir da oportunidade de sonhar..
E se entregar.

quinta-feira, julho 15, 2010

espera

Ao som de um blues ou de um ruído qualquer

Ao som daquela velha TV que repete a mesma cena numa novela diferente


Olho ao redor e me vejo, mil vezes eu, refletida em espelhos


Refletida em memórias nas paredes, tapete, cobertores desarrumados pela cama


Eu te espero... Pego meu dó e puxo para um ré. Tu domina e dita meu groove


Eu te espero... Desfaço meu cabelo, para o tempo passar enquanto o arrumo novamente


Mais uma vez – Umas quantas vezes até teus pés atravessarem a porta


Corro o chão, olho as marcas dos teus pés, cheiro minhas roupas, teu cheiro.


             Me faz ter certeza de que estavas ali, por mim – não fora sonho


Olho para o relógio... O tempo parece ter resolvido andar em ré, e meu sol ficara em ti


Crio refrões de músicas que nunca te mostrarei – ficarão aqui


Anoitece lá fora, aqui dentro sou lâmpada. Acesa, quente, querendo fazer sombras


Leio novamente tuas letras, através das minhas, te faço mais um poema


          Poemas que eu insisto em te mostrar – crus e sem qualquer encanto singular


Ando em círculos, sem ter onde chegar... Esperando apenas teu olhar chegar

Refaço tudo que já não existe mais para fazer – até os móveis ao meu redor somem


Só me sobra os cobertores sobre a cama que dividimos numa outra noite qualquer


Enrosco-me nelas para te esperar chegar...


Ou para ali te encontrar...


Esperando...


Sonho.

quarta-feira, julho 14, 2010

uma daquelas alucinações

Porque estás aqui, perto de mim. Talvez em mim, ou talvez seja só uma daquelas alucinações que tentam explicar nos livros e na TV, vá saber! Só consigo saber que me olha, me olha sim! Mas quando eu viro para trás para te olhar os olhos, tu te vira, te esconde... E eu me ponho a acreditar na tal da alucinação.

Por outras tantas vezes que estou deitada, olhos bem fechados, quase fazendo minhas pálpebras brigarem entre si. E eu te sinto aqui. Ah, sinto sim! Minha mão que ficou fora das cobertas e eu nem percebi... Que tola tu chamaria a mim, minha mão está quente porque a tua está aqui. Assim eu acredito que estás em mim.


E tem também aqueles dias, que toda espera atende por ansiedade e que qualquer ligação tem um só remetente - ao menos eu prefiro acreditar assim. E fico pronta para te encontrar no sofá, a me questionar - mas veja só, preciso trabalhar! aaaah, Nesses dias, pobre de mim! É justamente quando tenho certeza que estás aqui.

E tem aqueles dias em que nem os dias dão jeito - ah, tem sim! Dias que eu só te preciso, estando aqui, estando em mim... Ou até mesmo nas tais alucinações que eu não entendo muito bem, mas que também existem sim.

segunda-feira, julho 12, 2010

Despedida




Te procuro em versos da saudade.
                                Memórias eternizadas.

Te encontro em fragmentos de sonhos
                                         Aqueles reais, surreais.

Te reconstruo cada fala, cada toque
                                                 Gerando-me arrepios

Te faço um café e espero sua chegada
                                                           Através das minhas palavras

Te levo comigo a cada instante decorrente
                                                                   Relembrando nossa realidade

Te tomo os braços e pernas e te faço meu
                                                                           Como o poema que vivemos

Te abraço e te beijo, como sinal da despedida
                                                                                      Que mais uma vez nos separa

Te ligo após virar as cosas, já estamos distantes
                                                                                                   Não precisa se preocupar, eu volto.

quinta-feira, julho 08, 2010

Dueto #2

P: Entre o silêncio dessas paredes brancas...

N: Entre as brancas formas que se instalam nesse brando silêncio...

P: Eu me peguei escutando suas gargalhadas e vislumbrando o brilho do teu olhar

N: Enquanto desenhava as lembranças de um sonho que se dissipou em uma fria manhã

P: Quando você me disse adeus pra nunca mais voltar...

N: Fazendo de todo o encanto meros rastros de artifício

P: E por mais que tente me esquecer de tuas cores e formas, o destino me leva até você

N: Fazendo com que meus pés fluam ininterruptamente até os teus, como se teu rio fosse afluente do meu rio.

P: Como se o meu respirar dependesse de ti, como se meu viver dependesse de te ver sorrir...

N: E como se a cada noite sem te ter aqui, meu castelo de cartas fosse caindo... Ás após ás

P: E em meio a este turbilhão de pensamentos e sonhos, a única coisa que se mantém é a sua gargalhada... Repleta das cores que tenho querido não ver

N: Fazendo minha paleta ter os tons mais singelos, constratando com os meus atos mais marotos... Que eu reinvento a cada toque, ainda que tais toques agora se limitem a minhas recordações

P: E em meio a tantas vontades e desejos, eu me pergunto:

N: Que sonho é este em que você reinventa meus desejos, meus anseios?

P: Como pode, o simples fato de ver suas nuances nas minhas alvas paredes, me levarem a não ver mais nada neste mundo além do meu desejo de te ter perto de mim?

N: Reverberando aquelas palavras sussurradas no meu ouvido, logo após ter arrepiado-me a nuca... Intensificando o desejo de ter perto de mim, em mim... Para mim.

P: Comigo pra sempre, no meu branco-alvo quarto vazio. Frio. Silêncioso. Mas tenho certeza que se você estivesse aqui, todos os fantasmas da tuas gargalhadas não divididas comigo desapareceriam... Se ao menos soubesse que ainda pensas em mim, prometeria ser tua, toda tua... Inexoravelmente tua...

N: Desfazendo todos os enlaces das madrugadas de solidão que me levaram a estar acompanhadamente-só. Relembraria as tardes de verão em que o sol era apenas figurante, pois teus olhos verde-intensos me levavam para um mundo que era imensurávelmente distante de toda e qualquer lágrima que hoje é protagonista da minha vida.

P: Seria nós dois. Seríamos um. E isso, bastaria.

~ *

Segundo dueto que publico aqui e com muita honra que mais uma vez dividi versos com a Pri (autora do blog Estúpido Grito). Deixo o convite para quem quiser seguir o exemplo e me convocar para duetos, vou com todo o gosto! rs =) #beijosbeijos

segunda-feira, julho 05, 2010

Resposta ao Poema Teu

Morro dentro de cada segundo que me faz lembrar do sol que nasce por detrás dos prédios.

Morro junto a ti cada vez que morres por mim, morre dentro de mim num rio.

[Morro sim]

Eternizaria a noite após o sol que se defez em linha no horizonte. Contigo ao lado.

Refazendo cada passo apressado, em sintonia aos teus pés, em paralelo aos grafites de cores desbotadas

Com os poemas desenhados em cores mais vivas do que qualquer aquarela

[Mais cenários urbanos e risadas sem limite]
 
Revivendo num ciclo sem fim as migalhas sobre a mesa, as roupas sobre o chão. Você em mim.

A declaração de amor, talvez mais vivida do que falada, em gestos de intimidade, em abraços pela madrugada.

Eu te buscando cada vez que te sentia escorrer de meus braços, repetindo nossos enlaços 

[Faria da minha vida as reticências daquela noite que se iniciara num traço laranja real-artificial...]

Viveria ali, naquela noite sem desfecho. Viveria por ti, naqueles corredores sem qualquer pré-história.

Continuaria a escrever por cada parte daquele assoalho a nossa história. Continuaria sim.

Sussurraria em teu ouvido sob notas desafinadas da minha voz as possibilidades que emergem

E no final do tempo, já drasticamente calculado, desfavorável aos desejos,

Surge novamente o laranja-avermelhado, por trás das construções cinzas, desconhecidas

Entre cores e sombras que nos cobrem, eu me perco nos teus verdes campos, no meu-teu sol particular

Eu me perderia dentro de cada palavra ensaiada e me colocaria a reticenciar o mesmo "Eu te amo"