Tirei o amor para dançar. E que maestria ele tinha para guiar, entre os pra lá e pra cá, um olhar me disparou. Desviei o olhar, para que ele não visse o brilho que subitamente emergia da minha íris, percebi seu sorriso contido no canto da boca, lancei-lhe um olhar tímido e ele baixou a face... Levantei os olhos à procura de minha alma, parecia que só meu corpo estava ali a bailar... Bailei o som da mocidade, lembrei das primaveras de saudade, desenhei conversas, respirei fotografias amareladas...
Segurei o queixo do amor entre meus dedos e lhe dei um beijo na face, vagaroso e atordoador. Senti minha outra mão a ser comprimida entre seus longos dedos... Parei, recuei. Reclinei meu olhos e suspirei baixo, calado... Senti uma brisa sacudir minhas madeixas, era sua mão, a me puxar para ele, para seu peito terno. E ali eu me entreguei. Cansei de procurar caminhos e fugir nas bifurcações, ali eu me entreguei e me fiz dele.
Foi então que eu abandonei minha túnica da saudade.
Abandonou mesmo? Que bom, se sim.
ResponderExcluirSaudade judia por deeeeeeeemais dagente.
Boa Terça Feira Feliz. *-*
Abriu um sol de todo esse lá menor...
ResponderExcluirMinha imaginação ensaiou toda uma cena para o seu texto. Inspirador!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLiberte-se, saudade dói!
ResponderExcluirIsnpirador [2]
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue coisa mais linda, Nathi! :D
ResponderExcluirTuas palavras bailaram e tomaram vida própria.
Adorei!
Beijos!
Esse seu texto é fera, o seu blog está de mais, parabéns!
ResponderExcluirJá to aqui e estarei sempre por aqui..
Um beijo!
Amor assim é bom, só não se podemos tirar o véu que nos protege.
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