O tempo passa, cada micropartícula do nosso arranha-céu transforma-se. Você chegou, confortou-me, brincou de ser meu amigo para depois me fazer entender que não existe mais amor longe de você. Vejo-me perdida em recordações dos fins de tarde outrora idealizados, inebrio-me inteiramente com as lembranças de madrugadas e dias a tocar-te. Pinto novamente aquele quadro de saudade, remonto minha vaidade. Lembro dos seus olhos zelosos aos meus, sinto um leve arrepio a me tomar lentamente, faço a releitura das suas palavras, sinto seu gosto, o calor toma conta do arrepio, já não há mais espaço para fabulação, agora seu amor canta cada emoção. Direciono minha mão levemente inclinada para o peito esquerdo, só para confirmar a presença de meu coração, obstinado a bater desenfreado, fazendo-me acreditar que me deixara. Pego minha ocarina e sussurro entre sopros e suspiros os detalhes daquela nossa odisséia. Dedilho no vento as canções da minha saudade, fecho os olhos e numa ligeira ventarola lhe envio meu vendaval de amor. Desprendo-me das lembranças de um passado que agora me parece tão distante e me vejo tomada por seu groove, sentindo seu doce ardor a percorrer meu pequeno corpo, de norte a sul, tornando-me cônscia da maestria contígua com nossas almas, transcedendo o luar, até mesmo nosso luar singular.
quinta-feira, novembro 05, 2009
Fabulação da emoção
O tempo passa, cada micropartícula do nosso arranha-céu transforma-se. Você chegou, confortou-me, brincou de ser meu amigo para depois me fazer entender que não existe mais amor longe de você. Vejo-me perdida em recordações dos fins de tarde outrora idealizados, inebrio-me inteiramente com as lembranças de madrugadas e dias a tocar-te. Pinto novamente aquele quadro de saudade, remonto minha vaidade. Lembro dos seus olhos zelosos aos meus, sinto um leve arrepio a me tomar lentamente, faço a releitura das suas palavras, sinto seu gosto, o calor toma conta do arrepio, já não há mais espaço para fabulação, agora seu amor canta cada emoção. Direciono minha mão levemente inclinada para o peito esquerdo, só para confirmar a presença de meu coração, obstinado a bater desenfreado, fazendo-me acreditar que me deixara. Pego minha ocarina e sussurro entre sopros e suspiros os detalhes daquela nossa odisséia. Dedilho no vento as canções da minha saudade, fecho os olhos e numa ligeira ventarola lhe envio meu vendaval de amor. Desprendo-me das lembranças de um passado que agora me parece tão distante e me vejo tomada por seu groove, sentindo seu doce ardor a percorrer meu pequeno corpo, de norte a sul, tornando-me cônscia da maestria contígua com nossas almas, transcedendo o luar, até mesmo nosso luar singular.
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Retornando... =D
ResponderExcluircom as palavras em destaques, deu pra "poemar"
ResponderExcluirRetornando com força total, Nathi...
ResponderExcluirE o cinza foi embora tão derrepente. Agora o mundo está pintado em aquarela, com cores belas e intensas. E claro, ninguém mais poderia ter colorido minha vida tão perfeitamente quanto a Nathi e seu pincel de palavras.
Obrigado por me contagiar com toda essa cor, música e feeling que você irradia...
"Pôr do sol e aurora
Norte, sul, leste, oeste
Lua, nuvens, estrelas
A banda toca
Parece magia
E é pura beleza
E essa música sente
E parece que a gente
Se enrola, corrente
E tão de repente você tem a mim"
A Festa - Milton Nascimento
Faltou uma coisa a ser dita por mim aqui no Óbvio Utópico: EU TE AMO, minha PAZ!!!