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domingo, junho 13, 2010

Primeiro

E de todas as sensações a de toque era a mais inebriante, certeira e semi-mortal. Daquelas que te fazem planejar o passo-a-passo, a troca de olhares e cada palavra a ser dita... Daquelas que te prendem e não te fazem querer deixar o tempo passar, nem que seja preciso quebrar o relógio.. E principalmente que te fazem perder a noção de tempo-espaço quando se acaba. O chão se esvai. Ficam as nuvens, cada vez mais distantes.. Se afastando dos teus olhos, dos meus desejos... Daquelas noites em que fomos você e eu, sem destino, sem que ninguém soubesse nosso endereço. Apenas eu e você, eu me alimentando de teus beijos, você se alimentando de cada um dos meus poros, que te respiram, que te seguram em mim. 


Transformar as horas contadas em uma vida infinita.. De paixões e descobertas... Sempre ali, a te mirar, de perto, como se fosse sempre o primeiro amanhecer... Sem deixar que o pôr-do-sol anterior se vá... Revivendo o primeiro toque. Aquele que mais ansiei. E se for para pedir que algo de você fique em mim, que sejam as melhores memórias, daquelas vivas e cheias de cor, todas que puderem existir na paleta do mais magistral artista, pois eu me recordar de você me traz a certeza do momento em que você me fez tua... E me provou que era meu.

3 comentários:

  1. amor bonito a gente conserva, mas com carinho, e não como ervilha no copo, certo?

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  2. Olá Nath
    É com muito carinho que lhe informo que você foi premiada com o Prêmio Dardos como forma de reconhecer o trabalho que você aqui, neste espaço lindo e bem, conversado.
    Dá uma passada no meu blog e lá você verá o post em que você poderá pegar o seu selinho.
    Abração.

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Vivendo o Óbvio Utópico...