Aqueles olhos eram de um verde tão vivo que faziam me perder num vendaval
Dancei entre as cores do arco-íris que se formava entre você e eu
E aquele beijo de girassol, tão singelo, tão sincero.
Me fazendo percorrer os mares, outrora já tão secos, agora imerso em sons.
Notas, casos, palavras e sorrisos, enfim. Fazendo o eu mais lírico da estação.
Transformando em artifício qualquer silêncio, música ausente.
E enquanto a distância se fazia imperatriz da emoção, eu sorria para o além.
E no aquém me apareciam papéis rasgados, com palavras rasuradas,
Me lembrando do quão distante alguns centímetros passara a ser
E do quão perto alguns quilômetros se transformaram, como olhares cruzados.
E o que de fato sempre fora o futuro, torna-se a variável. Sem ser constante.
E o que sempre fora uniforme, toma cor, som e movimento. Dentro de mim.
E passa a ser assim, nem ao certo, nem incerto.